Jardinando na Trienal dos Vazios

Atenção especial a duas das quinze "intervenções na cidade" que fazem parte da programação da Trienal de Arquitectura de Lisboa

A Cidade como teatro de espectáculos; o vazio como palco de operações - Maria João Fonseca

Créditos da foto: Márcio Vilela e António Bettencourt

A acção do cidadão enquanto interveniente activo na construção de vivências e espaços é urgente e cada vez mais necessária.


A capacidade do poder local em manter toda a cidade operacional e funcional é diminuta, estando o desenvolvimento em meio ur­bano cada vez mais nas mãos de investidores privados e de iniciativas individuais.


Cada cidadão tem o direito de intervir na construção dos espaços da sua cidade, porque a cidade é de todos e é para todos. (...)


Justificação da escolha pela organização: Pelo modo como aborda a cidade a partir de uma acção simples e acessível a todos: a plantação de árvores em espaços degradados (como por exemplo o Miradouro da Travessa das Terras do Monte). Através desta acção, a proposta assume um manifesto pela participação colectiva na construção da cidade a partir de pequenos mas simbólicos gestos. A proposta teve ainda o mérito de não se ficar pela teoria


ECO-KIT Praça da Alegria/LisboaMoov


(...) ECO-kit propõe a introdução de um dispositivo adaptável e móvel que se pode implementar e deslocar conforme as necessidades da cartografia variável dos vazios urbanos. Esse dispositivo é materializado numa série de elementos estruturais sobre os quais são montados diversos módulos produtivos que permitem a captação de energia solar, eólica, de água ou o suporte a diversas espécies vegetais. Em complemento às suas funções produtivas cada conjunto de elementos pode ainda albergar programas complementares como espaços de lazer, áreas wireless e zonas pedagógicas que contribuem para uma intensificação social dos lugares onde são inseridos.

Justificação da escolha pela organização: Proposta de estrutura “eco-kit” que reclama atenção para as questões da sustentabilidade e das energias renováveis. Estrutura teoricamente adaptável a qualquer vazio urbano, teoricamente transportável, constituída por diversos módulos, mais do que a eficiência terá por mérito reclamar a visibilidade de uma questão inadiável.

2 comentários:

h disse...

também acho muito importante passar da teoria à pratica, ainda que quase sempre se manifestem em acçõe sinsuficientes...mas chega de lamúrias!
é preciso começar por algum lado!

Jorge N. disse...

é verdade! Em vez das lamúrias e sem ser menos exigente com quem tem responsabilidade, talvez esteja na hora h para se começar por vários lados a fazer "mais possíveis".