As mulheres têm assumido papéis de primeira importância na Arquitectura Paisagista, desde os seus primórdios, no final do século XIX. No entanto, durante muito tempo, o seu campo de actuação esteve limitado ao “ambiente doméstico” e o reconhecimento das suas capacidades profissionais foi lento e marcado por avanços e recuos (sobre o tema - artigo e resumo de investigação premiada em 2005)
Há cerca de um século e meio, principalmente em Inglaterra e nos Estados Unidos, a jardinagem tornou-se uma moda e um hobby feminino muito difundido e foram mulheres que escreveram muitos dos mais importantes livros e artigos para revistas sobre o assunto.
A britânica Gertrude Jekyll foi uma das “jardineiras” mais famosas cuja influência utrapassou as fronteiras do seu país, chegando aos Estados Unidos onde terão ficado marcas nos primeiros desenvolvimentos e na institucionalização académica e profissional da Arquitectura Paisagista.
Em Portugal, o primeiro curso nesta área, nos anos 40, começou com um grupo 100% masculino.
1 - Alunos do ISA no Restaurante Trindade celebrando a conclusão do curso de Azevedo Coutinho, o primeiro arquitecto paisagista formado no ISA. 2 - Os alunos de Arquitectura Paisagista em viagem de estudo nos anos 60 acompanhados por Caldeira Cabral, Edgar Fontes e Marques Moreira. in Teresa Andresen (coord.) (2003) Do Estádio Nacional ao Jardim Gulbenkian - Francisco Caldeira Cabral e a primeira geração de arquitectos paisagistas (1940-1970)
Nos anos 60 esta predominância já estava esbatida e na transição do milénio o domínio feminino comprova-se pela percentagem de novos diplomados. Como exemplo expressivo, a amostra relativa aos alunos finalistas do curso de Arquitectura Paisagista do Instituto Superior de Agronomia revela que 108 (78%) dos 139 autores de trabalhos finais aprovados entre 1992 e 2002, foram mulheres.
Referências bibliográficas sobre Mulheres e Arquitectura Paisagista
1 comentário:
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