Lisboa e Austin lançam Rede Internacional de Cidades Criativas

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Foi ontem lançada, no Pavilhão de Portugal, em Lisboa, a Rede Internacional de Cidades Criativas, num evento promovido pela Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), o programa Austin-Portugal e a Câmara Municipal de Lisboa.
Na conferência esteve também presente Will Wynn, ex-mayor da cidade de Austin, no Texas. Para integrar esta rede, para além das cidades de Austin, no Texas, e Lisboa, serão convidados municípios nacionais e internacionais, como Barcelona, Amsterdão, Helsínquia ou Madrid.
De acordo com António Câmara, director nacional do Programa UT Austin-Portugal, a Rede Internacional de Cidades Criativas tem quatro principais objectivos: promover a troca de informação entre sistemas de governação; promover o intercâmbio entre universidades; fomentar a alternância de eventos culturais; e agregar indústrias criativas. António Fonseca Ferreira, presidente da CCDR-LVT, lembrou que Lisboa foi já protagonista na “primeira globalização” (Descobrimentos) e que, por isso, pode igualmente ser protagonista na segunda, tendo em conta a sua localização geográfica, o seu património e os seus relacionamentos históricos.



Austin investe na qualidade de vida


António Câmara reforçou igualmente a ideia de que vivemos «uma época tão virtuosa como há 500 anos» e elogiou a cidade de Austin, onde se vive «um ambiente de abertura, empreendedorismo e energia». Austin é a 14ª maior cidade dos EUA, com 7,8 milhões de habitantes. No entanto, disse Will Wynn, «Austin não parece uma grande cidade, uma vez que, ao invés de construirmos grandes infra-estruturas, como portos ou aeroportos, investimos na protecção da qualidade de vida».
Por isso, a cidade tem «água e ar limpos», não tem indústrias poluidoras, apostou na criação dos espaços verdes e de lazer, e facilita a realização de eventos culturais, principalmente festivais de música ao vivo, ou a realização de filmes na cidade. «Reduzimos os custos a quem faz as coisas, para que os eventos possam crescer. Uma cidade “divertida” é uma cidade que terá um maior crescimento económico», disse. A principal atracção turística de Austin é a sua comunidade urbana de morcegos, a maior do mundo, para além do conhecido festival 'South by Southwest'.
Apesar da crise mundial, Austin continua com um crescimento positivo do emprego. A cidade detém ainda a sua própria companhia de produção de electricidade, que gera 3000 MW diários.
Cerca de 12 por cento da energia provém já de fontes renováveis, maioritariamente eólica, e 28 por cento do nuclear. Em construção está uma central solar fotovoltaica e uma central a biomassa. O objectivo é ter 30 por cento de electricidade proveniente de fontes renováveis em 2030, e, em 2012, todos os edifícios novos terão de ser “zero energia”. A cidade instalou ainda um sistema de distribuição de água fria, que aproveita a energia renovável excedente, para os sistemas de ar condicionado.



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