Parques Urbanos - Paris

Reportagem na National Geographic - Portugal (Outubro)


Para os seres humanos, a natureza é rejuvenescedora. Afinal, a nossa espécie não floresceu numa paisagem urbana, mas em florestas e pradarias selvagens. Os nossos ouvidos não foram talhados para o grito penetrante das sirenes, mas para escutarem o discreto arranhar das patas de um predador e o uivo do vento a avisar mudança de tempo. Apurámos os nossos olhos para seleccionar não os monótonos matizes de cinzento da cidade, mas as delicadas tonalidades de amarelo-dourado, verde-azeitona e grená que assinalavam a existência de fruta madura e de folhas tenras. Quanto aos nossos cérebros, desenvolveram-se para satisfazer, com sensações de profundo prazer, os esforços dos nossos sentidos.
Terá sido por esta razão que os cidadãos de Paris se esforçam tanto por reaproveitar espaços urbanos mortos e quarteirões ao abandono, transformando-os em locais verdejantes e cheios de vida?


in Pulmões Urbanos, Jennifer Ackerman, National Geographic - Portugal, Outubro 2006 notícia na National Geographic Portugal

1 comentário:

Anónimo disse...
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